Lembrei-me do bar do Munhoz, de três irmãos espanhóis, Clóvis, Munhoz e Raimundo, que fechou muito antes de você nascer e que, incrivelmente, sobreviveuu à derrota de 82... O melhor pão com queijo e bife, o bolinho de feijão bate-entope salvador, e os exóticos frequentadores bebuns mais interessantes que uma infância poderia ter pedido, inclusive o venerável homem de branco - sujeito que sobreviveu a um acidente de carro e que prometeu usar branco pelo resto da vida. Os cabelos cacheados e visuais para negativo de Yohji Yomamoto nenhum botar defeito. RIP bares e restaurantes de eras que não voltarão jamais.
Essa relação eu tinha com o Feitiço Mineiro, do saudoso Jorge Ferreira, um templo da boa comida mineira, do chope bem tirado e da mpb em Brasília. Virou mais uma farmácia.
Era um clássico de Brasília, né? Eu lembro que vi uma reportagem, acho que do Correio, na época. O meu bar ruim favorito virou uma Miniso - não sei o que é mais triste, uma farmácia ou isso. Nos dias mais emburrados, quando eu passo em frente, fico apontando feito doidinho "ah, nessa gôndola cheia de Minions foi onde o Jonas vomitou", "nessa estante com guarda-chuvas automáticos ficava o balcão onde o Glauber teve um AVC", "onde agora fica o caixa era uma parede com marca de bala".
Sim. No palco do Feitiço passaram muitos artistas da nata da MPB. Acho que, ao lado do Beirute da Asa Sul, foi o principal reduto boêmio da cidade. Ponto de encontro da rapaziada da cultura, jornalistas, intelectuais, músicos e quem mais chegasse.
O PASV fechou, mas o cordeiro com brócolis vai morar na memória afetiva até o fim dos meus dias.
Um clássico. Ia muito com uma namorada que também já desapareceu. Gracias por destruir minha sexta-feira!
Lembrei-me do bar do Munhoz, de três irmãos espanhóis, Clóvis, Munhoz e Raimundo, que fechou muito antes de você nascer e que, incrivelmente, sobreviveuu à derrota de 82... O melhor pão com queijo e bife, o bolinho de feijão bate-entope salvador, e os exóticos frequentadores bebuns mais interessantes que uma infância poderia ter pedido, inclusive o venerável homem de branco - sujeito que sobreviveu a um acidente de carro e que prometeu usar branco pelo resto da vida. Os cabelos cacheados e visuais para negativo de Yohji Yomamoto nenhum botar defeito. RIP bares e restaurantes de eras que não voltarão jamais.
Essa relação eu tinha com o Feitiço Mineiro, do saudoso Jorge Ferreira, um templo da boa comida mineira, do chope bem tirado e da mpb em Brasília. Virou mais uma farmácia.
Era um clássico de Brasília, né? Eu lembro que vi uma reportagem, acho que do Correio, na época. O meu bar ruim favorito virou uma Miniso - não sei o que é mais triste, uma farmácia ou isso. Nos dias mais emburrados, quando eu passo em frente, fico apontando feito doidinho "ah, nessa gôndola cheia de Minions foi onde o Jonas vomitou", "nessa estante com guarda-chuvas automáticos ficava o balcão onde o Glauber teve um AVC", "onde agora fica o caixa era uma parede com marca de bala".
Sim. No palco do Feitiço passaram muitos artistas da nata da MPB. Acho que, ao lado do Beirute da Asa Sul, foi o principal reduto boêmio da cidade. Ponto de encontro da rapaziada da cultura, jornalistas, intelectuais, músicos e quem mais chegasse.
Fechou? Puts, nem sabia. Ganhei umas boas arrobas, perdidas ao longo da caminhada longa, por lá.